O DJ holandês Armin Van Buuren está para a música eletrônica assim como a seleção brasileira está para o futebol. Ele é o único pentacampeão da lista anual da revista britânica "DJ Mag", principal referência do estilo.
Mas, em entrevista, o músico de 46 anos minimiza o ranking que o colocou cinco vezes como DJ nº1 do mundo (entre 2007 e 2010, e em 2012). "Acho que a lista tem uma desvantagem, porque ninguém consegue checar os votos. Ninguém sabe se está correta", ele questiona.
O DJ de trance também não vê sentido em comparar músicos de vários estilos. "É como comparar o Max Verstappen, o piloto, com o Ronaldo, o jogador de futebol. São todos esportes, mas tão diferentes. Como me comparar ao Carl Cox ou ao Sasha?", ele cita outros vencedores da lista.
A "DJ Mag" começou a lista dos 100 maiores DJs do mundo em 1991. Desde 1997, o voto é aberto ao público. Os votantes têm que dar um e-mail ativo e um perfil de rede social ou número de celular. A revista diz que desclassifica qualquer DJ que tente manipular o voto.
A lista já foi alvo de várias críticas, em especial por colocar a popularidade acima de suposta qualidade musical. Mas ela mantém seu prestígio. As boas colocações costumam ser comemoradas, como o 4º lugar de Alok em 2021 e 2022.
Armin Van Buuren diz que não quer parecer ingrato. "A primeira coisa que eu sinto quando penso que fui número 1 é gratidão", ele diz. "Tem tantos DJs por aí, e só o fato de tantas pessoas terem usado o tempo delas para ir lá votar em mim é uma honra incrível".
Mesmo fazendo críticas, ele admite: "(A lista) abriu muitas portas para mim. Quero ser honesto sobre isso", ele reforça. "As pessoas prestam atenção imediatamente. Teve um significado sim, realmente ajudou a minha carreira".
Na edição mais recente, de 2022, Armin ficou na 5ª posição. Foi a pior colocação dele em 20 anos. Mas, assim como o Brasil no futebol, um resultado ruim não apaga a história. Armin segue o maior nº1, à frente de Martin Garrix (tetracampeão), e de David Guetta e Tiësto (tricampeões).
Informações do G1
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